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CONDIÇÕES DE ESTIAGEM DEVEM CONTINUAR NA MAIOR PARTE DA REGIÃO NORDESTE A persistência de águas superficiais mais frias que o normal nas áreas equatoriais e tropicais do Atlântico continua indicando que o setor leste da Região Nordeste também terá seu período chuvoso comprometido, inclusive com menor frequência de aglomerados de nuvens que se formam sobre áreas oceânicas e favorecem a ocorrência de chuvas neste período do ano. |
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Sumário |
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) atuou ao norte de sua posição climatológica, ocasionado um déficit pluviométrico de até 300 mm no norte do Nordeste, durante abril de 2012. Este sistema é o principal mecanismo responsável pela qualidade da estação chuvosa no setor norte da Região Nordeste. Por outro lado, as chuvas excederam os valores históricos em áreas da Região Norte, especialmente no norte do Amazonas e em Roraima, com inundações de alguns dos principais rios. No centro-sul do Brasil, as chuvas também excederam a média histórica, com exceção do Rio Grande do Sul, onde as chuvas continuaram ocorrendo abaixo dos valores climatológicos.
No setor leste do Oceano Pacífico, as anomalias da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) evoluíram rapidamente de valores negativos no início deste ano para valores positivos que excederam 2ºC próximo à costa do Equador em abril passado. Estas anomalias positivas também já são observadas nas camadas subsuperficiais deste setor do Pacífico. Estas alterações sinalizam uma possível transição entre as fases fria e quente do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS). As oscilações intrassazonais continuam bem marcadas nos oceanos Índico e Pacífico e também contribuíram para a diminuição das chuvas, em particular sobre o Nordeste do Brasil, durante a primeira quinzena de abril. As alterações notadas nos campos oceânicos e atmosféricos globais, em conjunto com a indicação da maioria dos modelos de previsão climática, sugerem a persistência de condições de estiagem em grande parte da Região Nordeste. É importante mencionar que as expectativas de chuvas são mais reduzidas para o semiárido nordestino em função do estabelecimento do período climatológico de estiagem, ou seja, da estação mais seca do ano. A previsão climática de consenso para o trimestre junho, julho e agosto de 2012 (JJA/2012) continua ressaltando a maior probabilidade de chuvas entre as categorias normal (40%) e abaixo da normal climatológica (35%) para o leste da Região Nordeste e para uma faixa que se estende do noroeste do Amazonas ao nordeste do Pará. Para o extremo norte da Região Norte, que inclui grande parte de Roraima e do Amapá, e numa faixa mais central que engloba o sul das Regiões Centro-Oeste e Sudeste e o norte da Região Sul, a previsão aponta maior probabilidade de ocorrência de chuvas na categoria normal (40%), seguida pela categoria acima da normal climatológica (35%). Nas demais áreas do País, a distribuição espacial das chuvas tem igual probabilidade de se situarem nas três categorias (abaixo, normal e acima da normal climatológica). As temperaturas continuam sendo previstas em torno da normal climatológica em todo o Brasil durante o próximo trimestre (JJA/2012). Como esperado do ponto de vista climatológico, as incursões de massas de ar frio podem causar declínio mais acentuado das temperaturas durante alguns períodos, assim como episódios de geada sobre o centro-sul do País. |
1- Sistemas
Meteorológicos e Ocorrências Significativas no Brasil em Abril de 2012
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Abril terminou com predominância de chuvas abaixo da média histórica na maior parte do Brasil, com exceção de algumas áreas no Amazonas, onde a ocorrência de chuvas mais intensas causou a elevação dos principais rios, e no centro-sul do Brasil, em particular no sul do Mato Grosso do Sul, em São Paulo e no Paraná, onde houve maior atuação de sistemas frontais em conjunto com a passagem de perturbações na média e alta troposfera. No dia 30, a altura máxima do Rio Negro, no Amazonas, atingiu 29,20 m, aproximando-se do maior valor que este rio atingiu em julho de 2009 (29,77 m) (Fonte: ANA e Porto de Manaus). Este valor continuou a subir no mês subsequente, caracterizando uma das maiores enchentes desde o início dos registros do nível do Rio Negro, em Manaus. Destacaram-se as chuvas diárias registradas em Castro-PR (91,2 mm, no dia 11), Porto de Moz-PA (108,2 mm, no dia 16), Pedro Afonso-TO (96,8 mm, no dia 22), Itacoatiara-AM (139,6 mm, no dia 24) e em Caracaraí-RR (94 mm, no dia 29), segundo dados do INMET. |
2- Avaliação
das Queimadas em Abril de 2012 e Tendência para o trimestre
Junho, Julho e Agosto (JJA)
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3- Previsão
Climática para o Trimestre Junho, Julho e Agosto (JJA)
/ 2012
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